quinta-feira, novembro 16, 2006

Fim de semana




Queima-me a fome de distracção
Como o dobro para a abstracção
Durmo o dobro para a incosnciência
E, muitas vezes, até sonho para a tormenta.

Semeiam matéria e colho apontamentos.
Frenesim do chocalhar de canetas
E restolhar das folhas e micas.

Ajuntamentos de 3 e 4 na faculdade,
Todos debruçados sobre linhas rasuradas
E a expelir fumo freneticamente

Palavra de ordem: contenção
Arrasto as pernas pesadas e tento
Manter acordada a concentração
E manter adormecido o desalento.

Releio um parágrafo 3 vezes,
Rogando pragas aos docentes,
Roo a tampa da caneta,
Oh bem... do que resta!

Trabalhos que se contam muitos
E frequências que se riem de longe.
Encurralam a vontade num qualquer canto
Para aí a fazerem mingar.

E eis que ele se aproxima,
Uma revelação quase sebastianista
Que abranda os dias e as noites:
O fim de semana.

Dois dias que me foram concedidos
Para viver
Finalmente!