segunda-feira, maio 15, 2006

Rio Bravo



Terás tu esquecido aquilo
Que nos uniu?
Aquela noite fria,
A lua iluminava fraca,
A chuva sempre iminente
Um lugar que te diz tanto
E que a mim passou a dizer.

Pões-me as mãos nos ombros,
Aconchegando-me aos teus braços.
As palavras foram morrendo,
Passando a sussuros.
E enfim, a aproximação fatal
Que me trouxe aquilo que sou.
Tudo morrera em redor,
Turvaram-se-me os sentidos
E entreguei-me ao desconhecido
Naqueles segundos!

E, aí sim, o primeiro suspiro.
O primeiro seguido de tantos outros,
Que só Deus saberá quando será o último.

Se tu soubesses o que essa noite
Significa para mim...
Os nossos caminhos divergiram.
Caminho novamente na margem oposta,
Mas a vêr-te caminhar do outro lado.
Caminho ao teu lado, vês-me?
As chuvas sazonais fizeram com que
O rio transbordasse.
A água corre turbolenta e lamacenta,
Árvores foram arrancadas,
Animais arrastados pela força da corrente.
E caminhamos apenas com um rio entre nós
Que corre com toda a sua fúria,
Com toda a sua força e implacabilidade.

Próximo passo:
Factos ou emoções?
O que é mais importante?
O que será mais correcto?
A melhor escolha para mim?
Egoísmo, orgulho, carinho,
Saudade, raiva, vingança,
Prudência, teimosia, amizade,
Inconsciência, desafio, segurança,
Confiança, desapontamento.
Os peões voltaram a mover-se

E desta vez ataco o rei.


26/11/05

2 Comments:

Blogger Sophie said...

"E desta vez ataco o rei"...

q gde ataque... quem não arrisca não petisca, é ou não é...???

Beijinho e vais ver que ainda o vences;)

terça mai. 16, 10:03:00 da tarde  
Blogger Koala said...

não venci sozinha!

beijinho

quarta mai. 17, 12:06:00 da manhã  

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