Que vem lá?
Dia chuvoso e enevoado.
Tudo está triste (tudo o é de facto).
Os prédios mirram e os rostos vergam,
Os dedos enregelam e os dentes batem.
E eis que se avista brecha!
Sim, um fio dourado toca a terra
Finalmente!
Único ponto de união entre o Aqui e o Ali.
Vento atrofiante apaga o clarão.
Os galhos secos entrelaçam-se entre si.
Não há corpo que irradie calor.
Agasalha-se e abanca na pedra fria.
Um arco maravilhoso corta o cinzento,
Abrançando dois pontos opostos no horizonte
E que goteja tinta, manchando alegremente
A tela suja e enegrecida pelo tempo.
Mas o arco cai e parte-se em infindos bocados de vidro,
A luz pintada escorre e evapora.
Tudo carece e se esbate, mas ela espera
Confiante de uma próxima jorrada de vida.
Tudo está triste (tudo o é de facto).
Os prédios mirram e os rostos vergam,
Os dedos enregelam e os dentes batem.
E eis que se avista brecha!
Sim, um fio dourado toca a terra
Finalmente!
Único ponto de união entre o Aqui e o Ali.
Vento atrofiante apaga o clarão.
Os galhos secos entrelaçam-se entre si.
Não há corpo que irradie calor.
Agasalha-se e abanca na pedra fria.
Um arco maravilhoso corta o cinzento,
Abrançando dois pontos opostos no horizonte
E que goteja tinta, manchando alegremente
A tela suja e enegrecida pelo tempo.
Mas o arco cai e parte-se em infindos bocados de vidro,
A luz pintada escorre e evapora.
Tudo carece e se esbate, mas ela espera
Confiante de uma próxima jorrada de vida.
1 Comments:
E já agora que esse arco maravilhosamente colorido corte, não só o cinzento do dia, mas tb aquele escuro que nos consome às vezes até nos dias mais luminosos.
E que essa tinta que goteja nos continue a manchar alegremente...
Deliciosamente bem escrito... ;)
bjs
P.S. - respondi ao teu comment no meu blog, qd puderes viaja por lá...
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