Alentejo
Provo o arroz doce ainda quente e olho para a janela à minha direita, contemplo a paisagem coberta de oliveiras, pinheiros e azinheiras. O vento traz-nos o som dos badalos do gado lá longe onde se pantorreiam das primeiras pontas de erva verde deste ano. Parecem formigas vistas daqui.
Mantos de extensão inimaginável de malmequeres brancas e amarelas cobrem montes e montes de uma vez só. Pequenas estradinhas de terra batida até desaparecerem de vista, são ladeadas por velhos e vergados sobreiros, proporcionando uma calma e convidativa sombra a quem passa.
Aves de rapina planam bem alto contra a aragem fria da época, tentanto captar algum movimento entre os pequenos arvoredos.
É tudo tão calmo. O tic-tac do grande relógio de corda da sala trava guerra com o barulho dos tractores num vaivém atarefado.
Uma refeição digna de um rei.
1 Comments:
Senti_me por breves instantes a provar um arroz doce e a olhar para a tua janela...imagino_me nessa paz de ambiente. Tenho saudades de me sentir contagiada por semelhante retrato,tanto para admirar... ;)
Em breves linhas nada te faltou...!Parabéns pela imagem tao bem descrita:)
Bjinhos
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