quarta-feira, outubro 25, 2006

Here we go...

Relógio Astrológico ou Astronómico de Praga, a "Cidade Dourada",
(...) uma das mais belas e mais bem conservadas da Europa. *

Será este fim-de-semana que mudarei o endereço. Mantenham-se atentos.

And counting...


* Never_Born, já elaborei a minha pesquisa:)

terça-feira, outubro 24, 2006

Pás e betoneiras


Uma vez que estou numa de remodelação, ainda que acidental, deste espaço, decidi mudar o endereço do mesmo. O actual fora criado sem saber, na altura, o que iria tratar aqui e, por isso, entro em fase de ponderação para lhe arranjar um endereço mais adequado.
Irei colocar as actualizações no Dama de Espadas.

Espectros


Entreter-me com alguma coisa, para não fixar o infinito durante tempo demasiado, para não julgarem que o que já não tenho normal, chegara a piorar.

Apetece-me sair daqui, ir para as montanhas, sentar-me entre malmequeres amarelas e brancas, e vêr borboletas num voo ondulante. Lugar onde só se ouvisse o vento na ramagem das árvores e os pássaros. Não quero ouvir uma única voz humana que seja, não quero um gesto amigo, recuso palavras aconchegantes, não tolero sentir mão no ombro, farta de valores que se ficam pela projecção, sem paciência para as conversas de merda, ainda mais farta estou por não puder reagir quando quero e como quero. Estou cansada de pensamentos e intenções paralelos, de sorrisos muito bem desenhados, do burburinho contagioso e corrosivo.

Estou cansada de vêr montras ambulantes, com a diferença de haver mais carne para fora das calças, não aturo mais crianças com pêlos púbicos, nem adultos que fazem birra, gente pequenina em que o seu maior dilema é escolher entre a TVI e a SIC.

Estou farta do mundo em que vivo, apetece-me fugir para qualquer lado, e ao mesmo tempo não querer ir, por saber que outro sítio não será melhor que este. É uma realidade.

Deveria ter nascido à gerações atrás, nunca agora. Não me enquadro de maneira nenhuma nesta sociedade dita democrática, neste marasmo, nesta paralisia, nesta acomodação, nesta segurança fingida, nesta aparente estabilidade, optimismo infundado, nesta maravilhosa ostentação que se leva, criando o fosso que todos estamos sinceramente fartos de ouvir falar.

Uma guerrinha civil se faz favor. Prefiro viver armada e guerrilhar todos os dias da minha vida do que continuar a dormir em barril de pólvora, viver em paz pútrida.

E escrevo isto tudo sem qualquer razão aparente talvez, porque de facto a minha falta de sono, o meu fel e raiva em nada estão relacionados com isto directamente. Passei a conseguir veicular o que sinto para algo mais educativo.

História de um ser desterrado, que não encontra sítio para se sentir como deve ser. Até lá, continua-se como se nada se passasse, como sempe, aliás.

Era tão fácil ser como eles. Tão fácil... mas fui levada para fora da caverna, e já não dá para voltar. Abençoados os ignorantes, aqueles que me julgam maníaca, inferiorizada, problemática, anti-social, desiquilibrada talvez. Só vos digo que, por muito que vos explique, nunca em dias de mundo irão perceber. Resta-me fazer-vos o sinal da cruz e que Ele vos acompanhe.


Não pregarei

domingo, outubro 22, 2006

Mensagem


(...)
E eu vou, e a luz do gládio erguida dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus não temo o que virá,
Pois venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma
(...)
Mensagem, Fernando Pessoa

terça-feira, outubro 03, 2006

Quebras



A minha inspiração resume-se a meras
Quebras espontâneas de pensamento,
A apagões irreversíveis do meu ser,
A falhas nas juntas do auto-controlo,
A combustões excessivas,
E ao emperrar do sentido da vista.

O que me leva a escrevinhar é
O desespero pela inércia,
A ânsia pela locomoção.
É ditar a política
E derramar por esta.
É a única coisa que
Não me podem tirar...

A alma...

E ela ouve-se por uma brecha...

A tampa roida e coçada cai
Num bate seco...

E ela cala-se...


Só...


...

.