10º Festival do Grupo Capoeira Alto Astral

"Nosso Festival já é um sucesso, esperamos que todos possam viver momentos de muita capoeira, convívio e aprendizado, os melhores Mestres reunidos para mostrarem o que é realmente a capoeira, uma arte que deve sempre procurar a referência ancestral e de fundamentos, luta, dança e magia.
Dias 31 de Outubro,1,2,3 e 4 de Novembro de 2007, um evento de presença obrigatória para todos os capoeiras que querem rodar e crescer como defensores dessa arte.
Teremos aulas para aqueles que nunca praticaram a arte capoeira e danças brasileiras, tragam ainda seus instrumentos para as aulas de percussão
Lançamento do DVD “Iê Dá volta ao mundo” A internacionalização da Capoeira, de pesquisa e desenvolvimento de autoria do Mestre Falcão, Grupo Beribazu.
Livros, Berimbaus, equipamentos de treino e passeio tudo ligado ao movimento capoeira e Brasil você irá encontrar.
Sábado dia 03 de Novembro as 18:45 o espectáculo “Na volta que o mundo deu na volta que o mundo dá” uma viagem histórica e cultural na relação entre Portugal, Africa e Brasil. Entrada 3 Euros para público em geral, valor a reverter para projectos sociais no Brasil e Portugal.
Consulte mais informações em: www.capoeiraaltoastral.com/evento e boa estadia,

Grupo Capoeira Alto Astral

Axé!!"

Bicho do Mato

Sou bicho do mato mesmo! Espanto caça grossa da forma mais incrível, que nem eu própria entendo muito bem! Coincidências maravilhosas do gato e do rato, em que as próprias circunstâncias nos passam a perna e ainda se curvam de tanto se rir.
Quanto fico aliviada, de certa forma, e penso que ainda não é desta que me cravam o anzol na goela. Forma bonita de expôr as coisas, não acham?
Há aquele momento em que sustenho a respiração e fico quieta a ver o isco a passar-me ao lado. Não, ainda não é desta!
Andei durante muito tempo a cobrir-me do que se passava à minha volta, sem me querer aperceber de certas coisas, de certas formas de estar quando, de repente, tenho carta branca para olhar para a luz directamente. Ainda ando meia encandeada, meio fascinada por determinados momentos a que me vi, de certa forma, forçada a prescindir.
Saí debaixo de um tecto, para voltar a monte novamente. Virei bicho do mato outra vez! E sabem que mais? Lamento ter saido de baixo daquele abrigo, mas agradeço a sensação de regressar a esta peregrinação dos perdidos. É uma situação bastante dicotómica, uma sensação agridoce com que acordo todos os dias! "Ora amargo, ora doce", como dizem os Ornatos.
Estas linhas não são um lamento em si, mas mais uma contestação de um facto incontornável. Um estado a que me estou adaptar. Não muito complicado, porque foi do mato que vim. A única diferença é que sai animal irracional e regressei ser atormentado!